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Como a psicanálise mudou, e continua mudando, minha vida!

  • Foto do escritor: Marcela Rolim
    Marcela Rolim
  • 17 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de abr. de 2020

Um relato de como o "divã" me transformou em uma pessoa consciente dos meus afetos


 
"A voz do inconsciente é sutil, mas ela não descansa até ser ouvida" Sigmund Freud
 

Começo meu texto compartilhando com vocês como foi o meu caminhar até conhecer a abordagem da psicanálise e da psicologia analítica, consequentemente a de Freud e a de Jung.


Iniciei a procura por terapia nos meus 20 para 21 anos quando achei que meu mundo estava desabando: rompimento do primeiro namoro, separação dos pais, pressão do primeiro trabalho, monografia, etc. Foi nesta época que conheci a abordagem comportamental, o que me ajudou, e muito, enfrentar aqueles momentos. Daí em diante não parei mais!


Durante esses anos todos, até a chegada do meu “namoro” com o divã em 2016, conheci outras abordagens do processo psicoterápico, das quais não desmereço nenhuma delas em meu caminhar do autoconhecimento. Mas foi com a análise que senti as mudanças, que pude trabalhar, e modificar, questões estruturais, que pude conhecer, e lidar, com os meus afetos, onde percebi meus padrões adoecidos e repetitivos e onde pude encarar a vida com outro olhar.


Acho importante trazer aqui que afeto para Freud é entendido como um estado emocional, “do mais agradável ao mais insuportável, manifestado de forma violenta, física ou psíquica, de modo imediato ou adiado”. Afeto para a psicanálise não é apenas o que manifestamos de bom, e sim todo e qualquer sentir manifestado no corpo e na psique. Partindo disso, posso dizer tomando como base minha experiência, que a psicanálise possibilita que conheçamos a fundo os nossos afetos para que não fiquemos a mercê deles. E o que significa isso? Significa permitir entrar em contato com tudo que estamos sentindo, inclusive sentimentos que nos pareçam sórdidos, e que dificilmente admitimos sentir, para que a partir deste contato, e de aceitar o que é nosso, a gente possa buscar entendimentos do por que destes sentimentos, o porquê das nossas reações, quais as consequências que nos causam, entre outros. E é trabalhando com todo este material coletado que nos permite controlar, ressignificar e até modificar nossos impulsos e padrões!


Foi no divã que entrei em contato com o meu lado sombrio, onde fui percebendo o que era meu, e não do outro! Fui me conectando com meu mundo interno, trazendo para a clínica o que eu fazia de repetitivo e que me incomodava, me causava dor, e me levava a lugares funestos. Confesso que a mudança não é fácil e não se dá tão rapidamente (ah, quantas vezes escutei da minha analista que análise é um processo, que eu estava condicionada a padrões há 33 anos, minha idade à época, e que como eu poderia achar que toda minha mudança se daria em seis meses? Um ano? Dois?). A transformação pode ser lenta, mas ela se dá tão lindamente, de uma forma que nos preenche e que nos faz ser mais saudáveis no mundo.


Pois bem, ainda sou uma analisanda, cheia de questões a serem trabalhadas e reconstruídas. Continuo meu caminhar, e faço aqui meu agradecimento à profissional Ana Carolina Romero, quem me apresentou as possibilidades de ser diferente, quem acolheu toda minha dor e lágrimas, e que ainda acolhe, quem me diz as grandes verdades, no momento certo para serem ditas e quem, sobretudo, acredita que eu possa ser ainda melhor do que eu já consegui ser.


No decorrer dos próximos posts, falarei mais de mim, das minhas relações, principalmente da relação com um homem, que eu costumo dizer que foi a grande escola da minha vida, vou compartilhar links de textos, videos, frases, livros e grupos que me trouxeram, e trazem a todo momento, reflexões e coragem para ir em busca do meu eu interior.


Espero que gostem, que interajam, e que fiquem bem a vontade para compartilhar comigo suas vivências e aprendizados. O intuito aqui com esta página é proporcionar um espaço de troca!


Um abraço carinhoso, Marcela Rolim

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