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Qual o caminho para alcançar a verdadeira liberdade?

  • Foto do escritor: Marcela Rolim
    Marcela Rolim
  • 1 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de abr. de 2020

Ser livre é relativo, mas acredito que todos nós buscamos a sensação de liberdade. Aqui eu apresento como possibilidade de se alcançar a verdadeira liberdade o controle sobre nós mesmos; ser é livre é não ser dominado pela nossa própria mente!


Em minhas sessões de análise, a Carol quase sempre me traz para reflexão a frase “liberdade não é poder fazer tudo aquilo que se quer, mas poder resistir a tudo aquilo que nos destrói”. Existem várias concepções para definir liberdade, e não me cabe aqui tornar universal o meu modo de enxergar o que seria, verdadeiramente, liberdade pra mim. Até porque antes do meu processo analítico eu sucumbia aos meus desejos, sem me preocupar com as consequências que poderiam me trazer. Eu vivia completamente à mercê das minhas vontades. E hoje, pra mim, isso soa como aprisionamento.


À medida que fui organizando a minha bagunça interna e, consequentemente, ganhando espaço para novas compreensões, passei, de fato, a alcançar (entendimento cognitivo) o que seria “resistir a tudo aquilo que nos destrói”. E aí associo a esse caminho a importância de dizer não, tanto para si quanto para os outros. Uma tarefa árdua, mas libertadora!


Como é difícil imaginar que não seriamos bem quistos pelo fato de não nos colocarmos à disposição. E como nos causa dor dizer não a nós mesmos. Alguém já sentiu isso? Pois bem, eu sentia a todo instante esse peso; um peso por não agradar os outros e um peso de carregar nas costas o que não era meu, que ia para além de uma simples ajuda! Explico.


Quanto mais eu me colocava disponível, sem respeitar meus limites e, principalmente, minha saúde mental, mais eu dispensava energia para as outras pessoas, para satisfazer o mundo externo, ao invés de olhar, primeiro, para o lado de dentro. Eu tinha uma concepção que dizer não, seria entre outras coisas, ser egoísta. E pra não ter este rótulo em mim, uma vez que o meu adoecimento girava (e ainda gira em menor proporção) em torno da necessidade de validação do outro, eu ia me colocando como “mulher maravilha”, a que dá conta de tudo, de si e dos outros.


"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro." Freud

Mas o que tem a ver liberdade com dizer não e com o complexo de mulher maravilha? Tudo! Se entendermos que a verdadeira liberdade é resistir a situações que sabemos que não nos fazem bem, isso significa que em diversas ocasiões teremos que soltar um belo “NÃO”, e, consequentemente, deixarmos de vestir a roupa da salvadora “mulher maravilha”. Eu, hoje com mais saúde interna, consigo, em alguns contextos, não mais me colocar em lugares que me causam algum mal e não mais pensar que isso me torna egoísta. Mesmo que AINDA eu repita padrões, talvez em menor intensidade, eu carrego comigo a leveza do entendimento que estou num processo e que, mais à frente, eu não terei mais que me deparar em locais que não são bons pra mim.

Pois bem, hoje eu consigo entender, e acredito, que ser livre é poder controlar nossos próprios impulsos, é ter domínio da nossa própria mente, é ter clareza de como funcionamos e saber usar isso a nosso favor. Ser livre, pra mim, é o oposto de fazer o que se bem entende, de se deixar levar por sensações efêmeras, sem ao menos se questionar das consequências que tais atos nos trariam.


Sigo na batalha para ser verdadeiramente livre!



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